28 abril, 2007

Escriba do mês de Abril

O velho Miséria e a sua linda nogueira (cont.)
Chegou o Verão. Um Verão muito quente!
Miséria, cada vez mais velho e barbudo, todos os dias trabalhava na sua pequena horta. Sempre muito cansado e com sede, pois o Sol batia forte.
Não chovia há muito tempo! Estava tudo seco. A fonte onde Miséria ia buscar água não tinha nem uma gota. O velho tinha de ir até à cidade, pelos seus próprios pés, pedir a um conhecido um garrafão de água fresca.
A sua nogueira que tão bela era, agora já não se parecia com nada. Miséria quase que chora quando olha para a sua antiga melhor companheira, que, agora, ele já nem sabe o que é que ela lhe é.
Miséria já não segura o seu corpo. era muito pesado para uns pés muito fracos. Era tão velho que ja perdera a conta aos seus anos.
Sofria muito com dores físicas e psicológicas.
Não tinha dinheiro nem para uma ida ao médico, nem para medicamentos...
As dores psicológicas não tinham cura. O velho sentia-se muito só. Sempre viveu só, com a sua nogueira. Agora, já nem isso tem!
Miséria, muito arrependido do que tinha feito a Morte prometer, já só a queria a ela. Ele chamava-a, chamava e voltava a chamar. Nunca ninguém respondia.
Num dia em que andava a fazer o seu trabalho, uma mão pousou sobre o seu ombro. Era uma mão muito leve. Ele voltou-se e quem viu ele?!
Era a Morte, linda como sempre!
-Olá Miséria! - saudou-o a Morte - Vim ver como estás.
-Morte, leva-me daqui! - disse Miséria desesperado quase gritando.
A Morte disse-lhe que não podia porque as promessas são para serem cumpridas.
-O máximo que posso fazer é conceder-te um desejo, excluindo a hipótese de te levar comigo. - afirmou-lhe a Morte. - Mas pensa bem no que queres!
- Bem, já que não te posso pedir em casamento, dá-me uma bela casa e algum dinheiro! - pediu Miséria depois de muito ter pensado.
A morte mandou-o fechar os olhos e, ele obedeceu-lhe.
Já farto de esperar, Miséria abriu os olhos e não viu a bonita Morte, mas, viu a sua nova e grande casa. Em vima de uma mesa estava dinheiro.
Miséria viveu mais feliz, mas não com toda a felicidade com que poderia ter vivido.
Queriam trocar-lhe de nome, pois já não era pobre, mas ele quis manter o mesmo, pois não sendo pobre de dinheiro, era pobre de amor, que, para ele, era muito mais importante.

8 comentários:

6ºC disse...

Muito bem Bia!!!!!

6ºC disse...

Bela criatividade!!
Agora, parece-me que, para além de algumas "gralhas", existe um erro de palmatória neste texto. Queres descobri-lo?

Profª

6ºC disse...

sim já descobrimos o erro está no 5º paragrafo no 2º periodo
a palavra é velho e não elho
bia mais atenção!!!


ass:. Ana Patricia e Andreia

bpluis disse...

Esse erro, considerei-o uma falha. Existe outro que devem descobri-lo!

Profª

bpluis disse...

Reparem no 3º parágrafo!

Profª

6ºC disse...

Acho que na frase "Não chovia à muito tempo" em vez de ser "à muito tempo" é "Não chovia há muito tempo"


Mariana

6ºC disse...

Peço desculpa pelo erro.
Prometo que para a próxima terei mais atenção!

Bia

bpluis disse...

Ora, muito bem!!
Está descoberto o erro!!

Profª